A evolução da lingerie

As lingeries sempre foram o símbolo máximo da feminilidade e da sedução. O que hoje escolhemos a dedo para aquela noite especial, ou para nos deixar confortáveis no dia-a-dia, carrega em si uma história curiosa de mudanças radicais.

Antes de Cristo

Foi por volta de 2.000 a/C que as mulheres começaram a usar uma sustentação especial para o busto, que escondia e ao mesmo tempo realçava a beleza feminina.

Idade Média

Nessa época surgiram os ancestrais do corselete. Um deles era a cota, uma túnica com cordões. O outro era conhecido como bliaud, uma espécie de corpete amarrado atrás ou nas laterais, que apertava o busto como uma couraça e era costurado à uma saia plissada.

Renascimento

Esse foi um período que homenageu a beleza feminina nas artes. Curvas, seios fartos e quadris largos eram valorizados ao máximo e a moda seguiu a tendência. Os corsets começaram a ser usados no século 16, com o intuito de afinar a silhueta e pressionar a parte inferior dos seios, para que eles se projetassem ao decote. A cintura ideal na época era de 40 cm a 45 cm de diâmetro.

Belle Èpoque

Entre os anos 1880 e 1914 (pré-guerra), as lingeries esram vestimentas que iam até os tornozelos. Os corsets e espartilhos foram abandonados e o conforto se tornou prioridade. Os vestidos então ganharam aquela armação que “arrebitava” a parte de trás.

Guerras

O início do século 20 foi marcado pela Primeira Guerra Mundial e pela revolução causada pelo estilista Gabrielle Chanel. Ele foi um dos responsáveis por “encurtar” as lingeries, que foi dividida em duas partes: para cobrir o busto (chamada de bustiê) e uma calça curta, que podia ser retirada para ir ao banheiro. Surgia os sutiãs e a calcinhas.

Pin-Ups

Foi na década de 1950 que surgiram as pin-ups, que transformaram a lingerie em objetos de desejo e sensualidade. As pin-ups eram modelos, cujas fotografias eram penduradas em estabelecimentos em formato de calendário.

Depois disso, vieram os anos 70 com a liberação feminina, os anos 80 com a rebeldia e os anos 90 com o apelo tecnológico. O que se viu a partir daí foi uma releitura de toda a história da lingerie, tendo peças minúsculas, mas também a volta dos corselets, cintas-liga e das calcinhas de babado, mais larguinhas.